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Um dos maiores conflitos armados da história republicana, a Guerra do Contestado (1912-1916) foi transformado em objeto de análise logo após seu término e, desde então, o número de pesquisas destinadas a investigar, sob os seus mais diferentes aspectos, têm aumentado nas últimas décadas. As primeiras narrativas sobre o evento foram realizadas por militares que participaram diretamente da guerra, como os relatos de Setembrino de Carvalho e Herculano D’Assumpção. Já as  publicações de cunho acadêmico sobre o tema surgem a partir de 1950, realizadas por sociólogos como Maria Isaura Pereira de Queiroz e Maurício Vinhas de Queiroz. A partir do final da década de 1970 e, sobretudo na década de 1990, novos trabalhos sobre o Contestado foram produzidos, com a  introdução de novas metodologias e fontes documentais, como o uso da história oral, valorizando a memória de grupos sociais até então excluída das análises historiográficas. Destaque para o estudo de Paulo Pinheiro Machado sobre a formação e atuação política das lideranças sertanejas no conflito. Veja algumas sugestões bibliográficas:

 

  •  AURAS, Marli. Contestado: a organização da Irmandade Cabocla. Fpolis: Ed. UFSC, 1983
  • CARVALHO, F. S. de. Relatório apresentado ao General de Divisão José Caetano de Faria, Ministro da Guerra. Rio de Janeiro: Imprensa Militar, 1916.
  • ESPIG, Márcia Janete. A presença da gesta carolíngia no movimento do Contestado. Canoas: ULBRA, 2002;
  • GRUNER, Clóvis; PRIORI, Angelo (Org.). Contestado: 100 anos de uma guerra sem fim: movimentos e conflitos sociais no sul do Brasil: estudos sobre Santa Catarina e Paraná (séculos XIX e XX). Curitiba: ANPUH, 2016.
  • MACHADO, Paulo Pinheiro. Lideranças do Contestado: a formação e a atuação das chefias caboclas (1923-1916). Campinas: Ed. Unicamp, 2004.
  • MONTEIRO, Duglas Teixeira. Os Errantes do Novo Século. São Paulo: Duas Cidades, 1974.
  • QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. O messianismo no Brasil e no mundo. São Paulo: Dominus, 1965.
  • QUEIROZ, Maurício Vinhas de. Messianismo e conflito social: a guerra sertaneja do Contestado (1912-1916). 2. ed. São Paulo: Ática, 1977.
  • RODRIGUES, Rogério Rosa. Veredas de um grande sertão: a Guerra do Contestado e a modernização do Exército brasileiro. Tese (Doutorado em História) - Programa de Pós-Graduação em História Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.
  • VINHAS de QUEIROZ, Maurício. Messianismo e Conflito Social: a Guerra Sertaneja do Contestado (1912-1916). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1966.

 

 

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