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O regulamento do antigo Arquivo do Império (antecessor do Arquivo Nacional) determinou a criação de uma biblioteca na instituição através do decreto 6164, de 1876. Reunia a coleção impressa das nossas leis, além de obras de referência nas áreas de direito público, administração, geografia e história do Brasil voltada para um público bastante específico e muitas vezes coincidente com o do próprio Arquivo. Entre doadores notórios – ainda durante o século XIX – o visconde de Uruguai, o conselheiro Pimenta Bueno, Candido Mendes de Almeida, Pereira da Silva, o fotógrafo Victor Frond, o IHGB, o Instituto dos Advogados Brasileiros. 

Origens da arte brasileira

Ao longo do século XX, acompanhando as transformações do Arquivo – agora Nacional – a biblioteca se expandiu e “tornou-se uma importante fonte de informação e pesquisa para os estudos de história do Brasil e de arquivologia. Hoje, mantém intercâmbio de publicações com arquivos estaduais e municipais brasileiros e com arquivos nacionais e regionais de vários países. Com a doação da biblioteca da Associação dos Arquivistas Brasileiros (1971-2015), passou a reunir o maior acervo bibliográfico de arquivologia do país”. Portal do Arquivo Nacional) https://www.gov.br/arquivonacional/pt-br  

O nome da biblioteca foi escolhido em votação aberta em 2016: Maria Beatriz Nascimento, em homenagem a historiadora sergipana e ativista do movimento negro nascida em 1942 e vítima de feminicídio em 1995. Atualmente a biblioteca conta com um acervo de mais de cem mil itens, entre livros, folhetos, periódicos (científicos, noticiosos, raros), obras raras, teses e dissertações. Entre as obras raras, destacam-se a obra em pergaminho Senaca Moralis, de Sêneca (1490); uma Bíblia em latim de 1509; Le relationi universali, de Giovanni Botero (1595); Encyclopédie ou Dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers, par une Société de Gens de lettres (1751-1780); Dictionnaire infernal répertoire universel, de Collin de Plancy (1863), além de manuscritos iluminados medievais do século XV e livros de viajantes do século XIX. 

Esta matéria apresenta itens classificados como “FOLHETOS”. Da década de 1930, Das origens da arte brasileira, de Aníbal Matos (Belo Horizonte, 1932; número de chamada FAG0885); e Egreja da Candelária, publicação institucional (Rio de Janeiro, 1930; FAG0890). Já a série “Recôncavo”, publicações da Progresso editora (Salvador) foram publicadas em 1955; contam com ilustrações de Carybé, cujos originais encontram-se no Museu de Arte da Bahia (FAG0926 a 928). 

O catálogo da Biblioteca Maria Beatriz do Nascimento pode ser consultado neste site do Arquivo Nacional por meio da base de dados http://biblioteca.an.gov.br/ 

  

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