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O Arquivo Nacional possui alguns acervos privados em seu acervo. Alguns – como Floriano Peixoto, Mário Lago e Gois Monteiro – são extensos; outros, como os que apresentamos nesta matéria, apresentam pouca documentação. A despeito disso, caracterizam-se por sua documentação considerada de interesse público, e encontram-se disponíveis para consulta do público em geral. Até o ano de 2019, a instituição tinha autonomia sobre o recebimento dos arquivos privados de interesse público, que naquele ano passou a ser determinado por uma comissão que contava com representantes do CONARQ e representantes de instituições de todo o Brasil.

O fundo que leva o nome do jornalista gaúcho José Amádio possui revistas nas quais trabalhou (como O Cruzeiro, Globo e Capixaba), além de cartas, documentos e originais de textos. Capa da revista Cruzeiro (maio de 1960) e coluna de José Amádio na revista. Fundo em organização.

O fundo Sidney Fix Marques dos Santos, militante estudantil que passou anos na clandestinidade antes de desaparecer em Buenos Aires em 1976, apresenta correspondência entre o titular e sua família, material sobre seu desaparecimento (relacionado à Operação Condor) e prisão no DOPS brasileiro. BR RJANRIO GJ.0.0.3 - Recorte da revista Senhor, n° 270, contendo matéria intitulada ‘A história oficial’, com uma entrevista do torturador argentino Claudio Vallejos, que confirma o envolvimento de militares brasileiros na morte de Sidney Fix Marques dos Santos e de outros brasileiros naquele país, inclusive do músico Tenório Jr.

O fundo Ana Maria Machado Guimarães foi doado em 2009, e seu conteúdo abarca a década de 1970. São 33 itens entre clippings de recortes, manifestos contra a ditadura militar em geral, material para discussão sobre anistia e direitos humanos, entre outras coisas. Imagens do fundo: BR RJANRIO FT.0.0.11: Adesivo sobre Anistia; BR RJANRIO FT.0.0.5 - Ficha de identificação do desaparecido Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, não há identificação de data, autoria ou local.

Já a documentação do fundo Silo Meireles, militar e jornalista que participou do movimento comunista nos anos 1930 e esteve a frente da Fundação  Brasil  Central nas décadas de 1940 e 1950, possui apenas algumas fotografias. Fotografia de Silo Meirelles em São Paulo, 1945.

 

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