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Em junho de 1992 a cidade do Rio de Janeiro sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, o maior evento diplomático multilateral a discutir temas relevantes para a sobrevivência DO Planeta que abriga a humanidade e, por conseguinte, da própria espécie humana. Também chamada de ECO-92, Cimeira ou Cúpula da Terra, o encontro cristalizou e popularizou vários conceitos (por exemplo, desenvolvimento sustentável) e propostas – como a Agenda 21, o resultado concreto daquela conferência, assinada por 179 países. O documento expressa um compromisso com o mencionado desenvolvimento sustentável, um paradigma de crescimento econômico que leva em conta o equilíbrio ecológico, o bem estar de todos, o envolvimento da sociedade como um todo na busca por soluções para problemas que cada vez mais são de todos nós. Propõe-se a ser um instrumento de planejamento e oferecer diretrizes que possibilitem o desenvolvimento, a justiça social, a democracia, e a proteção ao lar de todas as formas de vida.

Através de um diagnóstico construído pelos atores relevantes (ou seja, guiando-se por princípios democráticos), medidas de curto, médio e longo prazo são estabelecidas, tendo-se em mente também que os planos são constantemente revistos, e as metas, reavaliadas. A Agenda 21 Global que resultou da ECO-92 desdobrou-se em Agendas locais (nacionais e regionais) de forma a viabilizar e adaptar as propostas para diferentes realidades.

Lançado em 1994, o Atlas do Meio Ambiente do Brasil busca seguir essa nova abordagem, apresentando-se como um mapa para as novas gerações conhecerem os recursos naturais brasileiros e nossa paisagem natural e sua conexão com a sociedade e seus problemas, retratando questões ambientais e sua relação com problemas sociais e estruturais – em especial, o modelo de desenvolvimento seguido pelo país durante a maior parte da sua história. Organizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, então ligada ao Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, a publicação trata de explosão demográfica, poluição, lixo urbano, biomas, biodiversidade, ecossistemas, desigualdade de renda, entre muitos outros temas.

O Atlas pertence à coleção Cartográficos (JL) do Arquivo Nacional. Em 2006, em decorrência de um processo de avaliação, 39 Atlas foram transferidos da biblioteca para a divisão de documentação Cartográfica da Coordenação de Documentos Audiovisuais e Cartográficos, o que resultou na formação da mencionada coleção, à qual também foram acrescentados outros documentos (em especial, mapas avulsos)  sob guarda da instituição há muito tempo mas sem indicação de proveniência, ou oriundos de outras divisões do Arquivo. Atualmente a coleção conta com 147 documentos datados entre 1819 e 2019, muitos deles já digitalizados e disponíveis no SIAN.

 

br_rjanrio_jl_0_0_0109_d0001de0001                               Atlas do meio ambiente do Brasil. S.l, 1994    

br_dfanbsb_h4_mic_gnc_dit_940076976_d0001de0001         Dossiê sobre a Eco-92 e o Fórum Global, incluindo relatório confidencial, anexos como boletins de organizações nacionais e internacionais. Brasília, 06-10 de 1992. Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

br_rjanrio_gk_0_txt_0248_d0001de0003          Boletim Onda Azul, novembro de 1999. Apolônio de Carvalho.

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